A Polícia Civil de Alagoas começou uma força-tarefa para localizar familiares de corpos identificados, mas não reclamados, no Instituto Médico Legal (IML) do estado. A ação é conduzida pela Coordenação de Desaparecimento de Pessoas e busca evitar que cadáveres sejam enterrados como indigentes mesmo após terem sido identificados.

Segundo o delegado Ronilson Medeiros, a iniciativa ganhou força após um caso recente no qual um homem desaparecido em Alagoas foi encontrado no IML de Pernambuco, registrado como indigente. A coordenação conseguiu identificá-lo, localizar a família no estado e comunicar oficialmente, permitindo que o corpo fosse retirado.

A partir dessa ocorrência, a Polícia Civil confirmou que situações semelhantes também acontecem no IML de Alagoas. Por isso, foi iniciado um trabalho conjunto para verificar casos de corpos identificados, mas ainda não retirados, além de esclarecer às famílias os procedimentos para resgate ou confirmação de sepultamento.

O delegado alertou ainda para o alto índice de subnotificação de desaparecimentos. Muitos corpos chegam ao IML sem que exista um Boletim de Ocorrência correspondente, o que dificulta a identificação e o contato com parentes.

“É fundamental que as famílias registrem o desaparecimento e façam a coleta de DNA. Isso acelera todo o processo de identificação e devolução do corpo aos familiares”, orientou Ronilson Medeiros.