Os dados do Censo Demográfico do IBGE mostram mudanças importantes na vida conjugal dos alagoanos entre 2010 e 2022. O grupo que mais cresceu em Alagoas foi o de pessoas que não vivem em união, mas já viveram anteriormente, que é um indicador associado a separações e divórcios.

Em 2010, o IBGE registrou 369.312 alagoanos separados ou divorciados. Em 2022, esse número subiu para 492.692, o que representa um crescimento de 33,4%.

Por outro lado, o número de alagoanos que vivem em união cresceu de 1.232.470 para 1.337.332 no mesmo período, um aumento de 8,5%. Esse crescimento acompanha a tendência nacional, mas em ritmo mais moderado que o observado no Nordeste como um todo.

Cai o número de pessoas que nunca viveram em união. Outro dado relevante é a redução no número de pessoas que nunca viveram união: 945.928 em 2010 e 826.149 em 2022, uma queda de 12,6%.

A diminuição pode estar ligada ao envelhecimento populacional e ao aumento do número de pessoas que entram em relacionamentos durante a juventude e a vida adulta, reduzindo a fatia de quem permanece solteiro ao longo dos anos.

O número de pessoas que não estão em união atualmente, independentemente de já terem vivido ou não, permaneceu relativamente estável: eram 1.315.240 em 2010 e 1.318.840 em 2022.

Apesar disso, a composição interna desse grupo mudou bastante: cresce quem já viveu união e hoje não vive mais e diminui quem nunca viveu união. Ou seja, mais alagoanos já passaram por relacionamentos duradouros, mas nem todos permanecem neles.