Trabalhadores do Hospital Escola Portugal Ramalho e entidades sindicais convocaram ato para sexta-feira, 19, às 9h, contra proposta do Governo de Alagoas de alterar acordo com a Braskem que prevê repasse de R$ 110 milhões destinados à construção da sede do hospital.

A proposta foi apresentada pelo governo em conjunto com a Braskem e rejeitada pelo Ministério Público Federal e pela Defensoria Pública da União. A mudança transfere ao Estado a execução da obra, antes atribuída à empresa conforme acordo homologado pela Justiça Federal.

No modelo vigente, a Braskem assume custos e entrega da estrutura concluída. Pela nova formatação, o valor seria depositado ao Estado, que ficaria responsável por licitação, execução e eventuais custos adicionais, ponto questionado por entidades sindicais.

O Movimento Unificado dos Trabalhadores do Estado de Alagoas divulgou nota contrária à alteração. O grupo reúne SINDPREV-AL, CUT-AL, SASEAL, SINDMED e SINDPSI, que apontam impactos para pacientes, familiares e servidores do hospital.

As entidades também citam indefinição sobre o local da futura unidade, com possibilidade de transferência para fora de Maceió, município que concentra a maior parte da demanda atendida pelo HEPR.

O Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União classificaram a proposta como prejuízo à segurança jurídica e solicitaram comprovação do depósito referente à desapropriação do terreno, etapa prevista no acordo firmado com a Braskem.