Sus em Arapiraca

Gestantes de Arapiraca são obrigadas a deixar cidade por falta de leitos

Mulheres se arriscam nas estradas para conseguir assistência em outros municípios
Por Tamara Albuquerque 22/12/2025 - 13:34
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Divulgação
Insuficiência de leitos obstétricos obriga gestantes de Arapiraca a buscarem assistência em outros municípios
Insuficiência de leitos obstétricos obriga gestantes de Arapiraca a buscarem assistência em outros municípios

O fechamento da Maternidade do Complexo Hospitalar Manoel André, conhecido como Hospital Chama, uma referência para todos os municípios da 7ª Região de Saúde de Alagoas, sobrecarregou a assistência em Arapiraca, que hoje enfrenta insuficiência de leitos para  gestantes pelo Sistema Único de Saúde. 

A falta de leitos tem obrigado gestantes a procurar assistência em outros municípios na região, como Coruripe e Palmeira dos Índios, situação preocupante e que pode se transformar em caso de urgência ou emergência. A desativação da maternidade do Hospital Chama ocorreu em agosto deste ano. A unidade era referência em atendimento materno-infantil na 2ª Macrorregião do estado, chegando a fazer mais de mil partos a cada trimestre em pacientes de todos os municípios da região.


O fechamento da maternidade, segundo comunicado oficial do hospital, decorreu da falta de credenciamento para atendimento de alto risco e ausência de repasses financeiros pelos procedimentos realizados.

Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca informou à mídia local que teria adotado medidas emergenciais para garantir a assistência às gestantes, apesar das limitações estruturais.

“Foi realizada uma vinculação emergencial junto ao Estado para direcionar as gestantes de diversos municípios para maternidades em cidades diferentes. Já que a maioria das pacientes são de Arapiraca, a Prefeitura realizou a contratualização de sete leitos obstétricos para gestantes de risco habitual na Maternidade do Hospital Regional, para que elas possam ser atendidas aqui”, informou a secretaria ao Portal 7 Segundos.

Ainda de acordo com o órgão, em casos de aumento da demanda, algumas gestantes podem ser encaminhadas para maternidades em municípios vizinhos. "Nesses casos, todo o processo de regulação é garantido, incluindo a confirmação de vaga e o transporte das pacientes. Apesar disso, a prioridade, segundo a gestão municipal, é que os partos ocorram no próprio município, no Hospital Regional Nossa Senhora do Bom Conselho".


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