A Câmara dos Deputados registrou 4.320 faltas de parlamentares em 118 sessões realizadas ao longo deste ano. As 'ausências', quando justificadas, não implicam redução dos salários. Desde 1º de fevereiro de 2025, os parlamentares recebem remuneração bruta mensal de R$ 46.336,19 e o pagamento leva em conta o comparecimento às sessões deliberativas do Plenário.

No ranking dos faltosos está  Eduardo Bolsonaro (PL), que no início do ano foi morar nos Estados Unidos e somente este mês foi cassado. Mas, no total geral, o maior número de faltas é do alagoano Arthur Lira (PP), que deixou a presidência da Casa em fevereiro deste ano. Lira faltou a 93 sessões das 118, porém, as faltas foram abonadas por justificativas aceitas pela Mesa Diretora.

A bancada de Alagoas, no entanto, tem outro nome entre os mais faltosos: Isnaldo Bulhões (MDB). O deputado participou apenas de 49,15% das sessões com 58 presenças. Ao longo do ano, esteve ausente em 60 sessões, todas as faltas abonadas. Bulhões apresentou no exercício legislativo 243 propostas e fez 34 discursos no plenário. O deputado utilizou R$ 1,4 milhão da verba de gabinete este ano e R$ 271 mil da cota parlamentar. 

Daniel Barbosa (PP) também entra na lista dos mais faltosos. Foram 15 ausências não justificadas e 8 justificadas, o que significa que o deputado só esteve presente em 95 sessões. Segundo dados da Câmara, o maceioense gastou em 2025 R$ 1,377 milhão em verba de gabinete e apresentou no ano letivo 75 propostas. No plenário, Daniel Barbosa usou a tribuna para expor opiniões em 6 discursos.

Demais deputados da bancada de Alagoas têm participação acima de 80% no trabalho. Sendo: Fábio Costa (PP) 99,15%; Luciano Amaral (PSD) 98,31%; Marx Beltrão(PP) 94,22%; Paulão (PT) 98,31%; Rafael Brito (MDB) com 89,83%. O único deputado por Alagoas que compareceu ao total das sessões foi Alfredo Gaspar (União), com 100% de presença registrada. 

Entre todos os 513 deputados federais, apenas 71 parlamentares não registraram qualquer falta.