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Confiança do comércio cai para menor nível desde julho de 2021

Varejistas: 58,1% consideram que o desempenho da economia está pior que no mesmo período de 2022
Por Agência Estado 29/03/2023 - 13:06
Atualização: 29/03/2023 - 13:13
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Agência Alagoas/arquivo
Movimentação no varejo, em Maceió
Movimentação no varejo, em Maceió

 O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 1,6% em março ante fevereiro, para 112,3 pontos, informou nesta quarta-feira, 29, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi o quarto mês seguido de queda. Conforme a entidade, a leitura de março é a menor desde julho de 2021.A queda foi puxada pela percepção dos comerciantes sobre o presente.

"O destaque do mês foi novamente a queda de 7,6% da avaliação das condições atuais, a mais intensa retração desde julho de 2020, ainda no início da pandemia de covid-19", diz a nota divulgada pela CNC.

Para a maioria dos empresários entrevistados em março, a economia piorou. O subíndice de avaliação das condições econômicas atuais tombou 16,1% em março ante fevereiro. "Entre os varejistas, 58,1% consideram que o desempenho da economia está pior do que no mesmo período do ano passado", diz a nota da CNC.

O Icec caiu mais entre os varejistas de grande porte, com uma queda de 3,7% em março ante fevereiro, acima da variação agregada. "A crise no crédito tem afetado o grande varejo nos últimos meses, com menor disponibilidade de recursos e juros altos. Esse contexto influencia negativamente a confiança dos agentes", diz a nota da CNC.

Todo o segundo semestre de 2022 foi de vendas baixas para as varejistas de modo geral.O varejo vem de dois anos de dificuldades. O salto dos juros pegou uma série de empresas de surpresa em um momento de alto endividamento após a pandemia de covid-19.

A piora na avaliação das condições presentes e nas expectativas para o curto prazo afeta também as perspectivas de investimento. O indicador que mede as intenções de investimento caiu 0,7% em março ante fevereiro, para 101,5 pontos, o menor patamar em 20 meses. O recuo na intenção de investir foi maior entre os varejistas de supermercados, farmácias e cosméticos, com queda de 4,2%.


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