CRIME NA BAHIA

Cigana de 14 anos foi morta por cunhado de nove anos, conclui polícia

Segundo a investigação, tiro foi disparado durante uma brincadeira
Por Redação 11/08/2023 - 19:23
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Reprodução/Redes sociais
Hyara Flor foi morta a tiros
Hyara Flor foi morta a tiros

A Polícia Civil da Bahia concluiu a investigação sobre a morte da adolescente Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, ocorrida em julho deste ano em uma comunidade cigana na cidade de Guaratinga, no sul da Bahia.

O inquérito policial foi finalizado e remetido à Justiça na quinta-feira, 10. A tragédia ocorreu quando um tiro acidental foi disparado pelo cunhado da adolescente, de nove anos, enquanto ela e a criança brincavam com uma arma no quarto.relacionadas_esquerda

Paulo Henrique de Oliveira, coordenador da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior / Eunápolis, explicou que a arma estava carregada e que o disparo aconteceu enquanto a adolescente solicitou ao cunhado que simulasse um assalto como parte da brincadeira. Ele acrescentou que "o menor, no manuseio da arma, pressionou o gatilho, ocorrendo o disparo".

No decorrer da investigação, o marido de Hyara Flor, também com 14 anos, inicialmente considerado o principal suspeito, foi apreendido em Vila Velha, Espírito Santo, no dia 26 de julho. A investigação inicial apontava para uma possível vingança devido a um relacionamento extraconjugal entre a mãe do adolescente e o tio da vítima. No entanto, essa versão não foi sustentada pelas provas.

A Polícia Civil também revelou que a sogra de Hyara Flor foi indiciada por homicídio culposo e porte ilegal de arma de fogo, pois a arma utilizada no incidente pertencia a ela. No entanto, a polícia concluiu que não havia necessidade de sua prisão cautelar.

As investigações analisaram laudos periciais, depoimentos de testemunhas, imagens de câmeras de segurança, mensagens de celular e redes sociais, entre outros elementos. A tragédia revelou-se um incidente acidental durante uma brincadeira com a arma, e não um crime de vingança como inicialmente suspeitado.

O adolescente, ex-companheiro da vítima, permaneceu sob custódia no Espírito Santo e, após a conclusão do inquérito, será a Justiça a determinar se ele permanecerá sob medida socioeducativa de internação.

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