EDUCAÇÃO
Professores rejeitam proposta de reajuste do governo e mantêm greve
Proposta do governo era de reajuste só a partir de 2025, sem acréscimo de femuneração neste anoRepresentantes dos professores de universidades públicas comunicaram o governo nesta sexta-feira (26) que a categoria vai manter a greve iniciada há 25 dias por considerar insuficiente a proposta de reajuste oferecida. Na Universidade FEderal de Alagoas (Ufal) a greve começa nesta segunda-feira, 29.
O Ministério da Educação e o Ministério da Gestão e Inovação acenaram, na semana passada, com um reajuste de 9% aos professores e 9,5% aos servidores da educação em 2025, não ofertando aumento para esse ano. Para o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior(Andes-SN) a proposta é “ofensiva” e “decepcionante”. Com isso, a greve vai continuar, com o acréscimo de nove instituições que aderiram ao movimento.
“Mais de 30 assembleias de base realizadas durante a última semana rejeitaram a proposta do governo e apontam a necessidade de continuar com a greve. Outras universidades deliberaram pela paralisação e somam ao movimento a partir da semana que vem”, explicou ao ICL Notícias o presidente do Andes, Gustavo Seferian.
Segundo o sindicalista, a UFSM, UFSJ, UFF, UFRA e UFCG-Cazajeiras, UFAL, UNIRIO, UFBA, UFMS e UFT vão se juntar à greve na próxima semana. A proposta encaminhada pelos representantes dos grevistas foi de reajuste de 7,06% em cada um dos três anos — 2024, 2025 e 2026.
Seferian explica que coversará com representantes do governo na próxima segunda-feira para marcar uma nova rodada de negociação, esperando conseguir proposta melhor para a categoria.
Sobre as críticas recebidas pela categoria de que estão fazendo greve no governo Lula mas não fizeram paralisação no governo de Jair Bolsonaro, que tanto maltratou os professores, o presidente do Andes-SN rebate.
“Essa é uma daquelas mentiras repetidas várias vezes que se tornam verdade para alguns. Quem diz isso é porque não está na luta e não participa do movimento sindical”, argumenta ele.
“Desde o golpe de 2016 fizemos um movimento nacional, a maior greve da história do Andes-SN, e no bolsonarismo não foi diferente. Tivemos uma resistência muito forte diante do corte de gastos do governo Bolsonaro na Educação, fizemos o “tsunami na Educação” em 2019, e no ano 2020 tínhamos paralisação agendada para março, mas entramos na pandemia”.
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