Condições de trabalho
Entregadores de aplicativo param atividades em todo país este mês
Categoria quer aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50
Entregadores de aplicativo vão fazer uma paralisação nacional nos dias 31 de março e 1º de abril. O movimento tem como objetivo pressionar plataformas como iFood, Uber Flash e 99 Entrega por melhores condições de trabalho e reajustes na remuneração.
A greve busca garantir quatro principais reivindicações: o estabelecimento de uma taxa mínima de R$ 10 por entrega, o aumento do valor pago por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, a limitação do raio de atuação das bicicletas a três quilômetros e a remuneração integral de cada pedido quando múltiplas entregas são agrupadas em uma mesma rota.
Os lucros das empresas de entrega por aplicativos, que contrasta com os pagamentos recebidos pelos entregadores, também é um ponto destacado na chamada para a paralisação.
Em 2024, a Uber - proprietária do Uber Eats - teve uma receita total de US$ 11,96 bilhões (cerca de 6,77 trilhões de reais).
Já o iFood espera um crescimento de mais de 50% na receita de sua divisão financeira no ano fiscal de 2025, para R$ 1 bilhão, segundo a Forbes Brasil.
O movimento está sendo articulado pelas redes sociais, por perfis como @brequenacinaldosapps. De acordo com os organizadores, a adesão ao protesto tem sido positiva. “Esse será o maior breque da história. Estamos vendo um engajamento impressionante”, declarou Nicolas Souza Santos, da Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea).