JUSTIÇA
STF arquiva investigação sobre fraude em cartão de vacinação de Bolsonaro
Decisão ocorreu após pedido de arquivamento da Procuradoria-Geral da República
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu arquivar nesta sexta-feira, 28, a investigação contra Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) por suposta fraude em cartão de vacinação contra a covid-19.
A decisão ocorreu após pedido de arquivamento da Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou falta de elementos suficientes para responsabilizar os envolvidos.
Na decisão, Moraes afirmou: "A investigação pode ser reaberta caso surjam novas provas." A parte da investigação envolvendo o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e outras pessoas sem foro, será remetida à primeira instância.
A delação de Mauro Cid apontou possível crime, mas não foi confirmada com provas. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, a lei impede o recebimento de denúncia baseada apenas nas declarações de colaboradores. Cid mencionou que o deputado Reis teria fraudado a caderneta de vacinação.
Em março de 2024, a Polícia Federal indiciou Bolsonaro, Cid e outras 15 pessoas por inserção de dados falsos no sistema de vacinas. O ex-presidente foi acusado de falsificar o seu cartão de vacinação e o de sua filha, Laura Bolsonaro, com o intuito de viajar aos Estados Unidos, onde a vacina era exigida.
A defesa de Bolsonaro celebrou o arquivamento, afirmando que o inquérito não apresentava elementos suficientes para sustentar a acusação. Os advogados do ex-presidente destacaram que esperam o mesmo desfecho para outras investigações envolvendo ele.