A United Airlines foi responsabilizada por falha na prestação de serviço e terá que pagar R$ 8 mil de indenização por danos morais a uma idosa que embarcou acreditando estar indo para Guarulhos, em São Paulo, mas acabou desembarcando em Sydney, na Austrália. A decisão da 31ª Vara Cível de São Paulo, proferida na última quinta-feira, 25, ainda pode ser recorrida.
Segundo o processo, a brasileira, idosa e com mobilidade reduzida, havia viajado aos Estados Unidos para visitar a filha e foi conduzida em cadeira de rodas até o portão de embarque. No entanto, acabou embarcando em um voo para a Austrália. Sem falar inglês, entrou em desespero ao perceber o erro e só chegou ao Brasil dois dias depois do previsto, perdendo sua comemoração de aniversário. O estresse gerado teria causado à passageira paralisia facial, segundo sua defesa.
A companhia aérea afirmou que a idosa teria indicado o portão errado e que prestou assistência integral, incluindo reacomodação em classe executiva.
O juiz Adler Batista Oliveira Nobre destacou que, mesmo que a passageira tivesse se equivocado, isso não exime a responsabilidade da empresa. Ele considerou o caso um “erro primário e inescusável na prestação de serviço”, ressaltando que a companhia deveria ter cuidado redobrado por se tratar de uma mulher idosa e com mobilidade reduzida.
“Ser embarcada equivocadamente em um voo transcontinental para o lado oposto do globo, descobrir-se sozinha em um país estrangeiro e ser submetida a um périplo de mais de 42 horas para retornar ao destino original, perdendo a comemoração de seu aniversário, configura ofensa à sua dignidade, tranquilidade e integridade psíquica, caracterizando o dano moral in re ipsa”, afirmou o magistrado.
A indenização foi fixada em R$ 8 mil, abaixo dos R$ 30 mil inicialmente solicitados pela idosa.
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