Segurança Pública
Cúpula do Comando Vermelho são levados para presídio de segurança máxima
Governo pediu envio dos chefes da facção a unidades federais após operação com mais de 100 mortos
Dez integrantes da cúpula do Comando Vermelho (CV) foram transferidos de Bangu 3 para Bangu 1, presídio de segurança máxima do Rio de Janeiro, após a megaoperação realizada nesta terça-feira, 29, nos complexos da Penha e do Alemão.
A ação, considerada a mais letal da história do estado, deixou 132 mortos, incluindo quatro policiais.
A mudança tem caráter provisório e visa isolar os chefes da facção, apontados pelas investigações como responsáveis por ordenar ataques e retaliações contra forças de segurança mesmo de dentro das prisões.
Transferências federais
O governador Cláudio Castro (PL) solicitou que as lideranças do grupo sejam enviadas a presídios federais em outros estados, como parte de uma estratégia para enfraquecer a estrutura hierárquica da facção e dificultar a comunicação entre seus integrantes.
A transferência definitiva depende de autorização do Ministério da Justiça e Segurança Pública, mas, segundo o governo fluminense, o pedido foi feito com urgência.
A ofensiva das polícias Civil e Militar teve como objetivo desarticular o Comando Vermelho, que mantém forte presença na zona norte da capital fluminense. O número de mortos supera o massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, quando 111 presos foram assassinados em São Paulo.
Entre os presos que foram para Bangu 1 está Marco Antonio Pereira Firmino, o My Thor, considerado um dos principais líderes do CV.
Veja a lista completa:
- Wagner Teixeira Carlos (Waguinho de Cabo Frio)
Rian Maurício Tavares Mota (Da Marinha)
Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha)
Arnaldo da Silva Dias (Naldinho)
Alexander de Jesus Carlos (Choque / Coroa)
Leonardo Farinazzo Pampuri (Léo Barrão)
Marco Antônio Pereira Firmino (My Thor)
Fabrício de Melo de Jesus (Bichinho)
Carlos Vinícius Lirio da Silva (Cabeça do Sabão)
Eliezer Miranda Joaquim (Criam)



