mercado de trabalho
Férias coletivas exigem planejamento que vai além dos colaboradores
Empresas precisam cumprir legislação, manter segurança e garantir limpeza durante o recesso
Com a aproximação do fim do ano, muitas empresas iniciam o planejamento para conceder férias coletivas — período em que as atividades são parcialmente ou totalmente suspensas e os colaboradores recebem descanso simultâneo. A prática, comum em setores de menor demanda, exige atenção tanto ao cumprimento da legislação quanto à preservação do patrimônio empresarial.
As férias coletivas podem ser aplicadas a todos os funcionários ou apenas a setores específicos, diferentemente das férias individuais, que são escalonadas ao longo do ano. Além de proporcionar descanso no período de festas, a medida ajuda a reduzir custos operacionais e reorganizar a produção.
Entretanto, a decisão demanda cuidados adicionais. De acordo com Gabriel Borba, CEO da GB Serviços, liberar a equipe principal não significa fechar totalmente o espaço. “Mesmo com a equipe principal de férias, é fundamental manter a segurança e a limpeza do ambiente. O patrimônio e os equipamentos precisam estar protegidos, evitando vulnerabilidades que possam ser exploradas por pessoas mal-intencionadas”, afirma.
Borba ressalta que a presença de equipes especializadas é indispensável durante o recesso. “A segurança deve ser garantida, mantendo vigilância para proteger os bens da empresa. Da mesma forma, a limpeza não pode ser negligenciada. Mesmo com redução no efetivo, o local deve permanecer asseado para que os colaboradores retornem a um ambiente adequado e organizado”, explica.
A legislação brasileira permite até dois períodos de férias coletivas por ano, com duração mínima de 10 dias corridos. Para serem válidas, a empresa deve comunicar o Ministério do Trabalho e o sindicato da categoria com antecedência de 15 dias, além de informar oficialmente os empregados.
Cumprir a legislação, manter equipes reduzidas de segurança e limpeza e garantir que o ambiente continue preservado são etapas fundamentais para evitar prejuízos, riscos e problemas jurídicos. “Liberar os funcionários não significa deixar o local desprotegido”, reforça Borba. “Com equipes mínimas de manutenção, a empresa retorna ao funcionamento de forma tranquila, segura e organizada.”
Com um planejamento cuidadoso e atenção às normas, as férias coletivas podem proporcionar descanso aos colaboradores sem comprometer a integridade do espaço e a eficiência do retorno às atividades.



