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Decisões de fim de ano podem impactar o Imposto de Renda de 2026
Ajustes feitos antes do encerramento do ano-calendário podem reduzir o imposto a pagar
Com a aproximação do fim do ano, contribuintes ainda têm a oportunidade de adotar medidas que podem influenciar diretamente o Imposto de Renda de 2026. De acordo com a Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar), decisões tomadas nas últimas semanas de dezembro podem resultar em economia tributária ou em uma restituição maior no próximo ciclo de declaração.
Segundo a planejadora financeira certificada (CFP®) Nayra Sombra, o Imposto de Renda reflete escolhas feitas ao longo de todo o ano, e não apenas no momento da entrega da declaração. “Algumas decisões tomadas agora ainda produzem efeito relevante, especialmente aquelas que dependem do encerramento do ano-calendário”, explica.
Entre as principais estratégias está o aporte em planos de previdência privada, especialmente o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Para contribuintes que utilizam o modelo completo da declaração e contribuem para o INSS ou regime próprio, é possível deduzir até 12% da renda bruta tributável anual, desde que o investimento seja realizado até 30 de dezembro. Segundo Nayra, o PGBL deve ser visto como uma ferramenta de diferimento tributário, permitindo que recursos que seriam pagos em impostos continuem rendendo ao longo do tempo.
A especialista também destaca a importância da escolha da tabela de tributação, especialmente a regressiva, que reduz as alíquotas conforme o tempo de permanência do investimento, favorecendo quem pensa no médio e longo prazo.
Outro ponto de atenção é a revisão de dependentes e investimentos antes do fechamento do ano. A forma como dependentes são declarados, assim como a organização de ganhos, perdas e compensações financeiras, pode influenciar diretamente o valor final do imposto. Segundo Nayra, esses ajustes ajudam a evitar inconsistências, surpresas e até multas futuras.
Para a planejadora financeira, o fim do ano não é o momento de mudanças radicais, mas de ajustes conscientes. “Planejamento tributário é organização, estratégia e uso legal das regras existentes. Pequenas decisões agora podem significar menos imposto em 2026 e mais tranquilidade financeira”, afirma.
A Planejar é a única entidade no Brasil autorizada a conceder a certificação CFP® (Certified Financial Planner), reconhecida internacionalmente. O país ocupa atualmente a quinta posição no ranking mundial de profissionais certificados, com mais de 11 mil planejadores financeiros. A certificação exige comprovação de formação acadêmica, experiência profissional, aprovação em exame específico e adesão a um rigoroso código de ética, além de atualização contínua ao longo da carreira.



