A PEDIDO DO MP

PC deve investigar gerente do Mercado da Produção por permitir aglomeração

Trabalhador que morreu de Covid-19 trabalhou no local durante a Páscoa
Por Redação com MP 16/04/2020 - 14:17
Atualização: 16/04/2020 - 14:41

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Cortesia ao Jornal Extra de Alagoas
Aglomeração de pessoas no Mercado Público, em Maceió
Aglomeração de pessoas no Mercado Público, em Maceió

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) requisitou à Polícia Civil nesta quinta-feira, 16, que investigue o crime de infração de medida sanitária, previsto no artigo 268 do Código Penal, supostamente praticado pelo gestor do Mercado da Produção de Maceió durante o feriado que antecedeu a Páscoa.

A iniciativa das 37ª e 41ª Promotorias de Justiça da Capital, deu-se em razão da morte de Cláudio Mandu da Silva, 49 anos, um açougueiro que trabalhava naquele espaço e pode ter contaminado várias pessoas com a Covid-19, uma vez que o seu óbito se deu em razão de contaminação pelo coronavírus.

Segundo os promotores de justiça Bruno de Souza Baptista e Sandra Malta, tal requisição levou em consideração “o recebimento de notícias, via imprensa, de ocorrência de intensa aglomeração no referido mercado, sem qualquer organização por parte da administração do estabelecimento".

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De acordo com os representantes ministeriais, a gerência do local recebeu instruções para evitar esse tipo de aglomeração e realizar o correto procedimento de higienização. Tal descumprimento gerou risco concreto e efetivo de contágio pelo Covid-19.

No ofício nº 03/2020, o Ministério Público solicitou que, o mais breve possível, seja enviada uma equipe da Polícia Civil ao Mercado da Produção para que, constatando que tal situação ainda permanece, seja lavrado um termo circunstanciado de ocorrência contra a administração do estabelecimento.

Quinta morte por Covid-19

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) confirmou, nessa quarta-feira, 15, o quinto óbito por Covid-19, em Alagoas. 

A vítima chegou a ser internada, na última sexta-feira, 10, no Hospital Veredas. Depois, ela foi transferida, na última segunda-feira, 13, para a UTI do Hospital da Mulher Dra. Nise da Silveira, onde permaneceu com ventilação mecânica até a sua morte.

O açougueiro evoluiu para uma síndrome respiratória aguda grave e morreu em razão da falência múltipla de órgãos e parada cardiorrespiratória, segundo informações repassadas pela Sesau.


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