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População adota máscara facial, mas nem sempre faz uso correto da peça

Por Tamara Albuquerque 16/10/2020 - 07:43
Atualização: 16/10/2020 - 08:21

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Reuters
Apesar do alerta de especialistas, parte da população ainda resiste ao uso da máscara de proteção
Apesar do alerta de especialistas, parte da população ainda resiste ao uso da máscara de proteção

Desde abril, medidas preventivas contra o coronavírus estão sendo adotadas em todo o País. Entre os novos hábitos exigidos para frear o espalhamento do vírus, o uso de máscaras de proteção em lugares públicos é uma das principais recomendações de especialistas, o que exige conscientização da população para ser efetiva. Entretanto, por menos observadora que seja, qualquer pessoa percebe como a população vem relaxando ou menosprezando o uso desse equipamento de proteção. A resistência à máscara facial é uma realidade que compromete os esforços de parte da população para evitar a infecção pelo novo vírus.

Em Maceió, por exemplo, é cada vez mais comum encontrar pessoas sem máscaras ou com a máscara em locais inusitados, usadas como prendedor de cabelos, acessório para queixos, protetor dos lábios, adorno de pescoço etc. Na periferia da cidade, moradores circulam tranquilamente sem a máscara cobrindo nariz e boca e os estabelecimentos, apesar de terem placas dizendo que o uso é obrigatório, relaxaram com a exigência.

Muitas pessoas colocam a máscara no rosto somente enquanto entram em supermercados, bancos e outras instituições que têm fiscalização. Mas, ao deixarem o local, a primeira atitude é retirar a máscara.

Uma pesquisa realizada pela OpinionBox  investigou como o uso da máscara de proteção tem sido feito pela população brasileira. Os dados foram coletados em agosto, com entrevistados de todas as regiões do Brasil. Entre os entrevistados, 82% afirmaram que utilizam a máscara de proteção de forma correta, cobrindo boca e nariz sem tirar do rosto.

Apesar do percentual elevado, o estudo mostra que 1 em cada 5 pessoas utilizam a peça de forma equivocada, deixando no queixo ou guardada para usar apenas quando alguém está por perto. Além disso, 62% citam o desconforto ao respirar e 42% dores na orelha como problemas relacionados ao uso da máscara. Essas queixas seriam o maior motivo para desprezar o equipamento individual.


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