Após cinco dias de ocupação, movimentos sociais deixaram a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) em Alagoas na noite de sexta-feira, 3.

A ocupação durou desde 29 de abril. Segundo a assessoria do MST, a desocupação ocorreu após uma reunião com o governo federal, que se comprometeu a dialogar com o INCRA nacional sobre as demandas estaduais.

Mesmo com a permanência do superintendente indicado por Arthur Lira, os movimentos continuarão pressionando por avanços na política de Reforma Agrária em Alagoas, incluindo a criação de novos assentamentos e garantias para os já existentes.

Junior Rodrigues substitui o antigo superintendente César Lira, exonerado em abril de 2024 após uma gestão marcada pela insatisfação dos movimentos sociais. Sua nomeação, indicada pelo presidente da Câmara Federal, não foi bem recebida pelos camponeses.

Movimentos como a Comissão Pastoral da Terra, o MST e outros anunciaram uma agenda de mobilização permanente, incluindo ações de rua, diálogo com a sociedade e eventos culturais como o Festival da Reforma Agrária Zumbi e Dandara dos Palmares, em Maceió.

A indicação de José Ubiratan, funcionário de carreira do INCRA, para a superintendência, recebe apoio significativo das instituições de ensino ligadas à Educação do Campo.