SEGUNDO POLÍCIA

Causa da morte de voluntário da vacina CoronaVac foi suicídio

Por Com Agências 10/11/2020 - 14:53
Atualização: 10/11/2020 - 15:02

ACESSIBILIDADE

Agência Brasil
Anvisa suspendeu testes da CoronaVac no Brasil nesta segunda-feira após 'evento adverso grave'
Anvisa suspendeu testes da CoronaVac no Brasil nesta segunda-feira após 'evento adverso grave'

Um laudo médico emitido pelo Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a causa da morte do voluntário da CoronaVac, vacina produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, foi suicídio. Ontem, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) paralisou os testes sob a justificativa de ocorrência de um "efeito adverso grave" em um dos voluntários.

Segundo o documento, exibido pela TV Globo, emitido em 29/10 pelo IML, a natureza da morte do voluntário foi “suicídio consumado”. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou, por meio de nota, que o "caso citado foi registrado e é investigado como suicídio pela 93º DP".

Além disso, a secretaria informou que exames periciais ainda estão em andamento e "mais detalhes não serão divulgados até a conclusão dos laudos técnicos para não atrapalhar as investigações. "Em entrevista coletiva, a Anvisa declarou que os estudos foram interrompidos porque as informações prestadas anteriormente pelos responsáveis pela vacina foram insuficientes. “Documentos claros, precisos e completos precisam ser enviados, o que não aconteceu”, afirmou o diretor da Anvisa, Antônio Torres.

Mais cedo, por meio de coletiva de imprensa, o governo de São Paulo negou que a vacina chinesa CoronaVac tenha provocado a morte de um dos voluntários. O secretário de saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirmou que o candidato morreu por causa de um motivo externo aos testes, mas não revelou a causa da morte.

Anvisa foi notificada no início de novembro

De acordo com Dimas Covas, a Anvisa foi notificada do evento adverso no voluntário no dia 6 de novembro. "Nós estamos tratando aqui de um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Repito: um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Essa informação está disponível à Anvisa desde o dia 6, quando foi notificado o efeito adverso grave".

O diretor criticou o comportamento da Agência e a forma como o Instituto recebeu a notícia da interrupção dos testes. Dimas Covas disse ainda que o governo reenviou todos os esclarecimentos à Anvisa e aguarda que a liberação o mais rápido possível. "Ela agora está apta a tomar a decisão de retomar o estudo o mais rápido possível", afirmou o diretor.

Publicidade


Encontrou algum erro? Entre em contato