CORONAVÍRUS
Governadores do Nordeste acertam compra de 25 milhões de doses da Sputnik
Renan Filho visitou fábrica que produz parte do imunizante, em Brasília, mas não anunciou negociação
O governador Renan Filho não anunciou nenhum negócio efetivo para a compra da vacina Sputnik, após retornar, nesta terça-feira, da visitação às instalações da União Química Farmacêutica Nacional S.A, em Brasília. A empresa é responsável pela produção do Integrante Farmacêutico Ativo (IFA) do imunizante russo. Entretanto, segundo informação do governador Wellington Dias (PI-PT), os nove estados nordestinos teriam acertado a compra de 25 milhões de doses do imunizante. As doses seriam importadas da Rússia.
Em tese, a vacina chegaria a partir de abril e seria entregue até julho para o Programa Nacional de Imunização. Wellington Dias coordena a seção de vacinação do Fórum de governadores.
Em matéria divulga nesta tarde pela Folhapress, o serviços de jornalismo online da Folha de S.Paulo, alguns governadores de outras regiões pensam em usar as doses em seus próprios estados caso o governo federal não consiga cumprir seus prazos de vacinação. A reportagem ouviu governadores das regiões Sul e Centro-Oeste.
A vacina russa ainda não é autorizada pela Anvisa, mas a União Química prometeu aos governadores tomar providências para obter aprovação junto ao órgão. Até segunda-feira (8), o laboratório apresentaria aos governadores o cronograma de produção e entrega do produto.
Butantan
O governador do Piauí falou à Folhapress que os governadores também pediram uma "proposta firme de entrega" de vacinas produzidas pelo Instituto Butantan, da chinesa Sinovac e que existe a intenção de comprar do instituto paulista mais 30 milhões de doses.
Nesta semana, o Congresso aprovou a lei que também autoriza estados, Distrito Federal e municípios a "assumir os riscos referentes à responsabilidade civil" pelos efeitos adversos das vacinas" e a compra dos produtos, sob certas condições. A responsabilidade pelos riscos pós-vacinação vem sendo um empecilho na compra de vacinas como a produzida pela Pfizer. Na prática, trata-se mesmo de uma autorização para a compra de vacinas por outros governos que não o federal -e também por empresas, segundo lembrou o material da agência Estado.