NACIONAL

Prefeitos cancelam festas e exigem do governo adoção do passaporte da vacina

Por Tamara Albuquerque 11/12/2021 - 07:56
Atualização: 11/12/2021 - 09:14

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Ascom Maragogi
Prefeitura de Maragogi cancelou réveillon e carnaval 2022
Prefeitura de Maragogi cancelou réveillon e carnaval 2022

As festas de final de ano foram canceladas em 94% dos municípios brasileiros ouvidos em pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM). A decisão é uma precaução para evitar novo surto de covid-19, especialmente agora que se descobriu o grande potencial de infecção pela variante do coronavírus, Ômicron. Maceió e os municípios de maior peso no segmento de turismo em Alagoas já adotaram a medida.

Além de suspender as festas, os prefeitos querem que o governo federal institua a exigência de comprovação da vacina para ingresso no país como visitante. A entidade obteve respostas de 2.662 gestores na semana de 6 a 9 de dezembro. Apenas 50 se manifestaram contra a medida, enquanto 66 disseram que ainda não se decidiram sobre o passaporte sanitário. Até o momento, a decisão do governo foi orientar o turista vindo de fora do país a uma quarentena de cinco dias e, após esse período, realização de teste para detectar a presença do coronavírus.

A medida é criticada, principalmente porque não esclarece como será realizada. Qual o poder de fiscalização empregado pelo governo para assegurar o cumprimento da medida. O presidente Bolsonaro e equipe continua a rejeitar o passaporte sanitário, documento que mostraria se o visitante foi vacinado e está com ciclo vacinal completo.

Carnaval

Em relação ao carnaval em 2022, o cenário é semelhante. Por ora, 64,3% (1.712) dos Municípios informaram à Confederação que não vão organizar eventos públicos no período, enquanto apenas 1,4% (38) estão prevendo a realização da festa e 33,2% (883) ainda não decidiram. Em Alagoas, o município de Maragogi foi um dos primeiros a oficializar o cancelamento do carnaval 2022.

A pesquisa também mostra que somente 18,3% (488) das gestões locais instituíram, por decreto ou recurso similar, a obrigatoriedade da vacina para frequentar lugares públicos e privados na cidade. No questionário, 79,7% (2.121) responderam que não adotaram tal medida.

No entanto, a obrigatoriedade do uso de máscaras segue em vigor em 98% (2.608) dos Municípios entrevistados nos ambientes privados e em 85,6% (2.279), em locais públicos. Sobre a vacinação, 178 Municípios (6,7%) relataram problemas com falta de doses, sendo que em 106 houve falta do imunizante para a segunda dose e em 62, para a primeira dose. Já para doses de reforço, faltou vacina em 206 Municípios (7,7%).

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