Bares e restaurantes implantam exigência do passaporte da vacina

A exigência do comprovante de vacinação dos clientes em bares e restaurantes foi duramente criticada nesta sexta-feira, 14, pelo presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, que considera a medida demagógica e uma ameaça ao segmento. Na avaliação do empresário, a medida não vai trazer efeitos práticos. Em Alagoas, o presidente da Abrase estadual, Brandão Júnior, declarou em nota oficial que os empreendimentos vão seguir a determinação do decreto do governo que oficializou a medida.

Portanto, a partir desta sexta-feira, bares e restaurantes com apresentações artísticas, quer seja música ao vivo, exposições ou qualquer outro evento com potencial para aglomeração, estão orientados e vão cobrar dos clientes o chamado passaporte da vacina.

Além disso, nesses locais a presença da clientela só pode chegar à capacidade máxima, sendo proibido, portanto, clientes sem lugar definido em mesas, balções e similares. Circular e dançar nos estabelecimentos também não será mais possível e continua mantida a exigência de máscara para quem não estiver se alimentando.

Paulo Solmucci critica que o objetivo das exigências é forçar que o cliente atrasado na vacinação complete o ciclo. No Brasil, cerca de 10% da população encontra-se com a segunda dose atrasada, a maioria jovens e adolescentes. Alagoas também registra grande número de pessoas que não voltaram aos pontos de vacinação para tomar a 2ª dose ou dose de reforço contra o coronavírus, que já levou a óbito mais de 6 mil pessoas.

Solmucci afirma que faria muito mais sentido que a medida fosse adotada em escolas e faculdades, com o apoio de educadores e pais.