ECONOMIA
Ômicron afeta estoque de quatro entre dez farmácias
Por Panorama Farmacêutico
28/02/2022 - 18:53
Assessoria
A escalada da ômicron no início do ano deixou suas marcas nas farmácias brasileiras. Segundo a última enquete do Panorama Farmacêutico, quatro entre dez farmácias ainda convivem com falta de medicamentos por causa do rápido aumento na procura.
Os números da Abrafarma sobre a demanda por testes rápidos da Covid-19 ajudam a ilustrar a corrida de clientes ao varejo farmacêutico, em busca de um diagnóstico ou mesmo de medicamentos para combater um simples quadro gripal.
De acordo com a entidade, o volume de testagens saltou de 548 mil em dezembro do ano passado para 2,75 milhões em janeiro. “O interesse por produtos relacionados à Covid-19 e por categorias como a de vitaminas, aliado ao advento das vendas digitais, exigiu mais dinamismo das farmácias e um maior apuro no controle do mix. Mas esse aumento de casos pegou todo o setor de surpresa”, avalia Carlos Eduardo Santos, presidente da Abrappe.
Problema na prática
Redes como a Soma Drogarias viveram o problema na prática. Na comparação entre janeiro deste ano e de 2020, a comercialização de expectorantes saltou de 24 mil unidades para 111 mil. Na categoria de vitaminas C, o crescimento foi de 36 mil para 103 mil. Essa mesma realidade estendeu-se aos antitussígenos e descongestionantes.
“O avanço só não foi maior justamente pelo comprometimento dos estoques. Procuramos estabelecer negociações com pré-reservas de produtos, mas a própria dificuldade da indústria para obter insumos e ampliar o fluxo de produção afetou toda a cadeia. Claramente o setor não estava programado para enfrentar a ômicron em plena temporada de verão”, endossa o diretor comercial Leonardo Belfort.