SAÚDE
Covid-19: faculdade brasileira testa medicamento para casos graves
Fatores de risco para doença grave incluem idade acima de 50 anos, pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto e sobrepeso-obesidade
Por Redação
23/07/2023 - 09:29
Faculdade de Medicina da UFMG/Arquivo
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está participando do estudo de fase 3 de um novo medicamento para covid-19 grave. O fármaco é produzido pela Gilead Sciences e a Unidade de Pesquisa Clínica em Vacinas (UPqVac), da Faculdade de Medicina, é um dos centros brasileiros que conduzem o estudo.
Entre os fatores de risco para doença grave, destacam-se idade superior a 50 anos, pessoas não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto e sobrepeso-obesidade. Também correm mais risco de desenvolver formas mais graves da infecção, portadores de enfermidades crônicas como diabetes, doenças pulmonares, cardiopatias, doenças renais ou hepáticas, pacientes transplantados, pessoas vivendo com HIV, pessoas em uso de imunossupressores ou em tratamento recente ou atual de câncer
Seguro e potente
Já existem dois medicamentos aprovados para tratamento da covid-19. No entanto, eles apresentam limitações relacionadas à resistência viral, interação medicamentosa e número elevado de comprimidos. Diferentemente das já existentes, essa nova medicação é considerada segura e potente contra as novas variantes virais, além de registrar baixa ocorrência de interações medicamentosas e requerer o uso de apenas um comprimido por dose.
“Há necessidade de medicamentos para tratamento de pessoas com risco aumentado de evoluir para formas graves da covid-19 que sejam efetivos contra as novas variantes do vírus”, afirma o professor Jorge Pinto.
O estudo está passando pela terceira fase de testes. É a última etapa antes do medicamento ser autorizado para uso geral. Eventuais interessados em participar do teste podem entrar em contato com a equipe da UPqVac pelo telefone (31) 99216-0407.