Caixa pagou R$ 1,1 milhão para Gusttavo Lima fazer comercial em 2020

Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a Caixa Econômica Federal  – comandada por Pedro Guimarães – pagou ao cantor Gusttavo Lima R$ 1,1 milhão por contrato de publicidade da Mega da Virada em 2020. Os dados estão contidos em contrato tornado público nesta segunda-feira, 24, após pedido da “Fiquem Sabendo", agência de dados especializada no acesso a informações públicas.

Os dados inicialmente haviam sido negados pelo banco, que alegou sigilo de informação pessoal, segredo industrial etc, mas foram divulgados por ordem da Controladoria Geral da União (CGU), que recebeu recurso da agência.

O contrato assinado pela Caixa, por meio da Nova/SB Comunicação, com a Balada Eventos e Produções, que representa Gusttavo Lima, previa autorização para uso de imagem e voz do artista nas peças da Mega da Virada 2020 em diversas plataformas.

O contrato previu a composição do jingle da campanha, assim como a produção e distribuição de peças publicitárias. Além disso, uma cláusula do contrato estabeleceu o ressarcimento de impostos pagos pelo então governo, como PIS, Cofins e Imposto de Renda, que, no total, representaram 9,45% do valor do tal do contrato.

Em relação à remuneração, a Caixa se comprometeu a pagar R$ 1,1 milhão em 30 dias após a última diária que incluíam filmagem do cantor, realizadas em São Paulo (SP), bem como o deslocamento de Gusttavo Lima de Goiânia (GO) para a capital paulista, no seu avião particular.

Gusttavo Lima é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, que comandava o país na época do acordo com a Caixa. Ele chegou a cantar em uma live de Bolsonaro nas vésperas do segundo turno das eleições e se emocionou na ocasião.

Publicidade