TALIBÃ

Governo afegão investiga se mulá Omar, chefe do Talibã, está morto

Por 29/07/2015 - 10:45

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O governo afegão está investigando a morte do chefe supremo do movimento islâmico radical Talibã, mulá Omar, reporta a rede BBC nesta quarta-feira. Anteriormente, fontes do governo tinham confirmado a morte do terrorista, mas voltaram atrás. O movimento Talibã ainda não emitiu nenhuma declaração sobre a possível de morte de Omar. O mulá, que não é visto em público há mais de dez anos, mulá é alvo de uma recompensa do governo dos Estados Unidos no valor de 10 milhões de dólares (mais de 30 milhões de reais) por informações que levem a sua captura.

Nos últimos meses, vários boatos especularam sobre a morte do líder do movimento, apesar de sites ligados ao Talibã continuarem publicando vídeos e mensagens de Omar. No entanto, a mais recente alegação da morte de mulá Omar está sendo levado mais a sério do que as anteriores, reporta a BBC.

No início de abril, os talibãs divulgaram uma longa biografia do comandante terrorista, por ocasião de seu 19º aniversário à frente do movimento. De acordo com a imprensa internacional, a notícia da morte de Omar teria sido confirmada durante uma reunião da cúpula militar afegã. Não foram informadas, porém, as circunstâncias da morte e nem quando teria ocorrido - especula-se que ele tenha morrido há dois ou três anos.

De acordo com o Talibã, Omar nasceu em 1960, em um vilarejo de Chah-i-Himmat. Ele guiou o Talibã na vitória contra milícias afegãs e na expulsão de tropas soviéticas após a guerra civil local. Omar foi presidente do Afeganistão entre 1996 e 2000, período em que acolheu militantes da Al Qaeda, de Osama Bin Laden. Sua aliança com o grupo de Bin Laden provocou a intervenção americana no país após os atentados de 11 de setembro de 2001, quando Omar fugiu para o Paquistão e nunca mais foi visto.

Na próxima sexta-feira, deve ocorrer a segunda rodada de negociações entre expoentes do governo afegão e uma delegação talibã sobre a abertura de um diálogo de paz e reconciliação.

Fonte: Veja


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