2ª GUERRA MUNDIAL

China celebra os 70 anos da derrota do Japão na II Guerra

Por 03/09/2015 - 09:37

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A China celebrou nesta quinta-feira com uma enorme parada militar o aniversário de 70 anos da derrota do Japão na II Guerra Mundial. Em uma manhã de céu azul em Pequim, o país ostentou o seu poderio bélico com o desfile de 12 mil soldados e 200 aeronaves, além de tanques de guerra e mísseis, na Praça da Paz Celestial.

A gigantesca celebração contou com a presença do presidente russo Vladimir Putin, aliado de Pequim, mas os principais líderes ocidentais declinaram o convite. O Brasil foi representado pelo ministro da Defesa Jaques Wagner.

"A vitória na guerra contra o Japão tornou a China um grande país no mundo novamente", declarou o presidente Xi Jinping no discurso de abertura. Apesar das disputas territoriais que a China trava com o Japão por ilhas no Pacífico, o governante chinês afirmou que Pequim não vai repetir as políticas expansionistas das quais foi vítima na época da dominação imperial japonesa. "Não importa o quão fortes nos tornemos, nunca buscaremos hegemonia ou expansão", disse ele.

No discurso, Jinping também anunciou uma redução de 300 mil homens no efetivo militar do Exército de Libertação Popular (ELP), que atualmente conta com 2,3 milhões de soldados. Segundo especialistas, o corte busca modernizar as tropas do exército chinês e dar mais protagonismo às forças navais e aéreas.

Segundo a imprensa oficial chinesa, mais de 80% dos equipamentos mostrados no desfile apareceram em público pela primeira vez, incluindo o míssil balístico DF-21D, conhecido como "matador de porta-aviões".

Líderes estrangeiros - Os principais líderes ocidentais, como o presidente americano Barack Obama e a chanceler alemã Angela Merkel, não compareceram ao desfile. O premiê do Japão, Shinzo Abe, também recusou o convite. Outra ausência foi a do ditador norte-coreano Kim Jong-un. Segundo a imprensa sul-coreana, Kim não foi ao desfile de seu principal aliado porque não teria um espaço de destaque ao lado de Xi Jinping na tribuna de honra - algo que poderia afetar o culto à sua imagem dentro da Coreia do Norte.

Além de Putin, também foram ao desfile em Pequim o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, o presidente venezuelano Nicolás Maduro e a presidente sul-coreana Park Geun-hye. A Coreia do Sul, que também sofreu com o domínio japonês, tem estreitado suas relações com a China, apesar da histórica aliança de Pequim com Pyongyang.

Fonte: Veja


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