REFUGIADOS

Britânicos mudam de postura e vão aceitar refugiados sírios

Por 04/09/2015 - 09:14

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Contrária à cota de assentamento de refugiados proposta pela Alemanha, a Grã-Bretanha mudou sua postura e informou nesta sexta-feira que vai abrigar "milhares" refugiados sírios em resposta ao agravamento da crise humanitária, anunciou o primeiro-ministro David Cameron. A Alemanha planeja aceitar 800.000 refugiados este ano, enquanto a Grã-Bretanha tinha criado um programa para permitir a entrada de sírios, mas aceitou apenas 216.

Cameron informou, segundo a rede BBC, que os refugiados viriam de campos da Organização das Nações Unidas (ONU) na fronteira com a Síria, e não entre as pessoas que já estão na Europa. A Grã-Bretanha atuaria com sua "cabeça e coração", disse Cameron, comprometendo-se a encontrar soluções de longo prazo para a crise.

O primeiro-ministro não especificou um número, mas a agência de refugiados da ONU informou que a Grã-Bretanha está disposta a aceitar cerca de 4.000 refugiados sírios. No início desta semana, Cameron disse que aceitar mais pessoas não era a resposta simples para a situação, descrita por alguns especialistas como a pior crise humanitária desde a II Guerra Mundial.

Dias depois, falando em Lisboa após uma reunião com o primeiro-ministro português Pedro Passos Coelho, Cameron sinalizou uma mudança de discurso e afirmou que a Grã-Bretanha tinha uma "responsabilidade moral" para ajudar as pessoas deslocadas pelo conflito de quatro anos na Síria, acrescentando que mais detalhes serão definidos na próxima semana na sequência de discussões com as organizações responsáveis.

A pressão para a Grã-Bretanha receber mais refugiados se intensificou após a publicação da foto do corpo de um menino sírio de três anos que se afogou em uma praia turca. Uma petição feita pelos próprios cidadãos britânicos pedindo ao governo para aceitar mais refugiados já tem mais de 300.000 assinaturas, número três vezes superior ao necessário para que a petição seja posta em discussão no Parlamento, segundo a legislação vigente.

Fonte: Veja


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