MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Segunda-feira foi o dia mais quente já registrado na Terra; entenda

Neste dia 3 de julho, a temperatura média global atingiu a marca de 17,01°C. segundo agência dos EUA
Por Com Agências 04/07/2023 - 19:25
Atualização: 04/07/2023 - 19:21
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Nesta segunda-feira, 3 de julho de 2023, a temperatura média global atingiu a marca de 17,01°C, ultrapassando o recorde anterior de agosto de 2016, que era de 16,92°C. Este foi o dia mais quente da história já registrado numa escala global, de acordo com dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos, que é ligado à administração Oceânica e Atmosférica Nacional do país (NOAA).

Os cientistas afirmam que as principais causas do fenômeno preocupante são as mudanças climáticas e os efeitos do El Niño, que já se estabeleceu e impacta o padrão do clima global. 

"Infelizmente, isso é apenas o primeiro de uma série de novos recordes que serão estabelecidos neste ano, à medida que as emissões crescentes de dióxido de carbono e gases de efeito estufa, juntamente com um evento de El Niño em desenvolvimento, empurram as temperaturas para níveis cada vez mais altos", alertou Zeke Hausfather, cientista de pesquisa do Berkeley Earth.

As regiões sul dos Estados Unidos têm sofrido com uma intensa área de calor nas últimas semanas. Na China, uma onda persistente continua a afetar o país, com temperaturas acima dos 35°C. No norte da África, as temperaturas têm chegado próximo dos 50°C.

Mesmo a Antártica, que está atualmente em seu período de inverno, registrou temperaturas anormalmente altas nesse período. A Base de Pesquisa Vernadsky, da Ucrânia, localizada nas Ilhas Argentinas do continente gelado, recentemente quebrou seu recorde de temperatura para o mês de julho, alcançando impressionantes 8,7°C.

No Vietnã, produtores de arroz passaram a trabalhar à noite durante os verões, cada vez mais quentes. Com temperaturas superiores a 37°C em julho, o Vietnã é um dos muitos países do sul e sudeste da Ásia que enfrentam temperaturas recordes, sobretudo, na região de Hanói e no norte.

No México, mais de 100 pessoas morreram entre 12 e 25 de junho devido ao calor extremo que atinge regiões do norte do país, informou o governo nesta quinta-feira (29). Também no fim de junho, a Espanha viveu sua primeira onda de calor do verão e os termômetros ultrapassaram os 44 °C na Andaluzia (sul), segundo a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet).

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