Termina o prazo dado por Israel para que civis deixem o norte da Faixa de Gaza

Encerrou o prazo de 24 horas estabelecido por Israel para que 1,1 milhão de civis na parte norte da Faixa de Gaza se desloquem para o sul do território. O anúncio feito pelo Exército israelense aumentou a apreensão dos palestinos sobre a iminência de uma possível operação terrestre israelense na região. Imagens da CNN na sexta-feira (13) mostraram tanques militares israelenses posicionados próximos à fronteira entre Israel e Gaza.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) emitiram um comunicado solicitando a evacuação dos civis na Cidade de Gaza de suas residências em direção ao sul por questões de segurança e proteção. Eles também instruíram a mudança para a área ao sul de Wadi Gaza. O comunicado enfatizou que os civis só poderão retornar à região norte de Gaza após um anúncio subsequente.

O Exército israelense alega que membros do grupo radical islâmico Hamas estão se escondendo em Gaza e usando civis como "escudos humanos".

O Hamas, que controla o território, instruiu os palestinos em Gaza a permanecerem em suas residências, segundo um comunicado divulgado para veículos de imprensa. O grupo radical islâmico acusou Israel de envolver-se em uma "guerra psicológica" ao transmitir mensagens que instavam os civis palestinos e os funcionários de organizações internacionais a se deslocarem para o sul.

Em seu comunicado, o Hamas declarou que a "ocupação está tentando espalhar e disseminar propaganda falsa através de várias mídias, com o objetivo de criar confusão entre os cidadãos e minar a estabilidade de nossa frente interna." Salama Marouf, chefe do gabinete de comunicação social do governo do Hamas, enfatizou que o aviso de realocação representa uma tentativa de Israel de difundir informações incorretas para desorientar os cidadãos e minar a coesão interna da Palestina. Ele pediu aos cidadãos que não cedam a essas tentativas. Funcionários de "instituições internacionais" permaneceram em seus locais de trabalho e não foram evacuados, segundo a declaração do Hamas. A CNN não pôde verificar independentemente essa afirmação.