O Índice de Consumo das Famílias (ICF) em Maceió registrou um aumento de apenas 0,2% em fevereiro, segundo pesquisa do Instituto Fecomércio AL em parceria com a CNC divulgada nesta quarta-feira, 5. Apesar da leve alta, o consumo segue retraído, com a percepção de renda atual caindo 13,9% em relação ao ano anterior

A inflação dos alimentos e os juros elevados têm impactado diretamente o poder de compra das famílias. Além disso, o crescimento das apostas online tem influenciado os hábitos financeiros, levando muitos a reavaliar gastos, segundo a pesquisa.

Apesar do cenário desafiador, alguns indicadores apontam para uma possível recuperação. O subíndice de consumo atual variou positivamente em fevereiro, com alta de 1,1%, enquanto a perspectiva de consumo subiu 3,1%. Esses dados sugerem uma melhora na percepção das famílias, especialmente nas de menor renda, que apresentaram aumento de 0,36% no consumo.

Por outro lado, famílias com renda acima de 10 salários-mínimos registraram queda de 1,31% no consumo. Segundo especialistas, isso reflete o impacto do crédito mais caro e do endividamento. A tomada de crédito foi maior entre as famílias de menor renda, com alta de 2,19%, enquanto permaneceu estável nas de maior renda.

Para enfrentar o cenário, o assessor econômico do Instituto Fecomércio, Francisco Rosário, sugere que pequenos varejistas invistam em promoções, ampliem a presença online e adotem estratégias de fidelização.

"Diversificar os canais de venda, incluindo a ampliação da presença online e o uso de plataformas de e-commerce, alcançando um público mais amplo e facilitando o acesso aos produtos; e fidelizar os clientes com programas de recompensas e atendimento personalizado irão ajudar as empresas neste cenário econômico desafiador”, avalia.