mineração
Movimento do solo na Fernandes Lima está 'dentro do limiar', diz prefeitura
Defesa Civil afirmou que não há necessidade de incluir a região no mapa de ações prioritárias
A Defesa Civil de Maceió informou nesta terça-feira, 11, que não há necessidade de incluir a região da Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol, no Mapa de Ações Prioritárias, um documento produzido pelo órgão em conjunto com o Serviço Geológico do Brasil (SGB) que delimita as áreas afetadas pelo afundamento do solo provocado pela mineração de sal-gema feita pela Braskem.
O pronunciamento da Defesa Civil de Maceió acontece após a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) divulgar uma nota técnica elaborada pelo CPRM, que contém um mapa que apresenta indícios de subsidência nas regiões do Flexal de Cima, Flexal de Baixo, Bom Parto e Marquês de Abrantes (que se encontram fora da área oficial de risco) e indica que foram detectadas movimentações do solo além da Av. Fernandes Lima.
A Nota Técnica foi publicada no mês de abril de 2022, porém só chegou ao conhecimento da Instituição neste mês de março. O documento também aponta falha no monitoramento, destacando que qualquer subsidência pode causar danos estruturais e que rachaduras possivelmente ligadas ao afundamento foram identificadas.
A Defesa Civil de Maceió disse que a inclusão de novas áreas no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias "passa por rigorosos critérios de avaliação", como a velocidade mínima de movimentação de subsidência acima de 5mm/ano, e essa movimentação deve ser persistente durante o período avaliado.
Segundo o órgão, o mapa em questão, apresentado pela DPE/AL, contém "dados abaixo da movimentação que deve ser considerada, o que pode representar apenas valores dentro do limiar de ruído". "Esses dados de baixa precisão cruzados com os demais critérios de avaliação, não indicam necessidade de inclusão dessas regiões no Mapa de Linhas de Ações Prioritárias. Os apontamentos constam, inclusive, na própria nota técnica", segue.