desastre socioambiental

"Nunca mais vamos nos envolver em atividade de mineração", diz Braskem

Presidente da empresa diz que levará até 10 anos para conter afundamento do solo em Maceió
Por Redação 29/07/2025 - 20:30
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Reprodução/vídeo
O presidente da Braskem, Roberto Ramos
O presidente da Braskem, Roberto Ramos

O presidente da Braskem, Roberto Ramos, afirmou que o desastre socioambiental causado pelo afundamento do solo em Maceió “não vai mais se repetir”. A mineradora, responsável pela exploração das minas de sal-gema na região, encerrou definitivamente a atividade que provocou o problema.

“Nós não vamos mais explorar sal. Nós fechamos as minas e nunca mais vamos nos envolver nessa atividade de mineração, que, na verdade, não tinha nada a ver com a nossa atividade petroquímica”, disse Ramos no videocast "UOL Líderes" nesta terça-feira, 29.

O executivo explicou que a decisão de suspender a extração ocorreu em 2021, depois que ficou claro para a empresa o impacto da mineração no afundamento do solo nos bairros da capital.

“Quando aconteceram os afundamentos, e ficou claro que a razão estava ligada à exploração das minas, a Braskem parou de explorar. Isso que aconteceu não vai se repetir”, afirmou.

Para conter os danos, a empresa iniciou o processo de preenchimento das cavernas subterrâneas, remanescentes da mineração, com água ou areia.

“Temos que preencher as cavidades com água, que é a forma natural, desde que a pressão seja mantida para evitar vazamentos. Nas cavernas onde isso não for possível, utilizaremos areia”, detalhou Ramos.

O presidente afirmou que a recuperação será lenta e cuidadosa para evitar novos desequilíbrios geológicos. “Não é algo que se faz rapidamente, pois encher uma caverna sem preencher outra pode desestabilizar toda a estrutura. Estimamos que o processo leve pelo menos dez anos”, acrescentou.

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