O réu Albino dos Santos Lima, conhecido nacionalmente como o “serial killer de Alagoas”, volta ao banco dos réus nesta quinta-feira, 13, em Maceió. Ele será julgado pelo feminicídio de Beatriz Henrique da Silva, crime cometido na Rua Cabo Reis, bairro da Ponta Grossa, onde o acusado morava. O julgamento começa às 9h, sob responsabilidade do promotor de Justiça Antônio Vilas Boas.
De acordo com o Ministério Público de Alagoas (MPAL), o crime foi praticado por motivo torpe e com uso de recurso que impediu a defesa da vítima. Durante a ação, o filho de Beatriz, de quatro anos, também foi atingido pelos disparos.

As investigações apontaram que Albino invadiu a casa da vítima durante a madrugada, agindo com extrema frieza. A autoria foi confirmada após outro homicídio cometido com o mesmo modus operandi, além de provas materiais encontradas com o acusado — como máscaras, luvas, munições e uma pistola calibre .380. A Polícia Científica comprovou, por meio de confronto balístico, que os projéteis retirados do corpo de Beatriz partiram da arma apreendida.

O MPAL destacou que laudos médicos comprovaram que Albino não possui transtornos psiquiátricos. Ele escolhia e seguia suas vítimas, homens e mulheres, afirmando agir em nome de uma suposta “limpeza social”, o que tem sido desmentido pelo órgão ministerial.

Albino confessou ter seguido Beatriz por cerca de um ano antes do crime e disse ter decidido matá-la após o que chamou de “trabalho de inteligência”.

Com este novo julgamento, o réu já soma cinco júris populares. No último, realizado na quinta-feira, 31 de outubro, ele foi condenado a 27 anos, um mês e 10 dias de prisão pelo feminicídio de Tâmara Vanessa dos Santos, além das tentativas de homicídio contra José Gustavo Carvalho e Leidjane Gomes de Freitas.

Somadas, as penas de Albino chegam a 140 anos e nove meses de prisão em regime fechado.