ATO

Protesto na sede da Braskem denuncia crimes ambientais e cobra reparação

Manifestantes lembram bairros destruídos e acusam empresa de mascarar impactos
Por Redação 15/11/2025 - 13:07
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Divulgação
Protesto em frente à sede da Braskem relembrou famílias afetadas pelo afundamento do solo
Protesto em frente à sede da Braskem relembrou famílias afetadas pelo afundamento do solo

Ativistas e representantes de movimentos sociais realizaram um ato em frente à sede da Braskem, em Maceió, na manhã deste sábado, 15, para denunciar os impactos causados pela exploração de sal-gema e reforçar a memória dos cinco bairros destruídos pelo afundamento do solo. O escracho reuniu manifestantes que cobram reparação integral e responsabilização da mineradora.

O protesto ocorreu no mesmo momento em que a Braskem tenta reforçar sua imagem de sustentabilidade durante a COP 30, o que, segundo os participantes, contrasta com os danos provocados em Alagoas. Cerca de 60 mil famílias foram obrigadas a deixar suas casas nos últimos anos em razão do colapso geológico.

De acordo com os organizadores, a mobilização buscou chamar atenção para as comunidades que ainda convivem com desabamentos, remoções e prejuízos que afetam a rotina e o direito à moradia.

“O discurso sustentável da empresa lá fora não apaga a destruição que ela causou aqui em Maceió”, afirmou o MST, que participou da ação. “Não haverá silêncio enquanto a Braskem tentar mascarar seus crimes ambientais".

O ato também dialogou com mobilizações realizadas fora do estado. Enquanto moradores e ativistas protestavam em Maceió, manifestantes participavam, em Belém (PA), da Marcha Global pelo Clima, na Cúpula dos Povos, reforçando pautas de justiça ambiental em nível nacional e internacional.

Entre faixas e cartazes, os participantes lembraram as famílias atingidas e defenderam medidas efetivas para evitar novos desastres, além de cobrar reparação ampla pelos danos já causados.


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