2018

Congresso terá número recorde de candidatos à reeleição

Por Congresso em foco 20/07/2018 - 09:48

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Foto: EBC
Foto: EBC

Câmara e Senado devem ter a menor taxa histórica de renovação nos quadros nas eleições de 2018, a depender do número de pré-candidatos que conseguirem se reeleger em outubro. Neste ano, o número de deputados e senadores que tentarão a reeleição é o maior, proporcionalmente, desde 1994. Com regras mais favoráveis à reeleição, depois das mudanças da minirreforma eleitoral, a projeção é que os recordes desde a redemocratização sejam quebrados (leia gráficos e a lista de pré-candidatos abaixo).

É o que mostra levantamento exclusivo do Congresso em Foco junto a congressistas, lideranças partidárias e comandos de campanha de cada partido com representação no Congresso. No Senado, são ao menos 33 os pré-candidatos à reeleição; na Câmara, caso 23 deputados que ainda se dizem indecisos resolvam disputar o pleito, o total de recandidaturas será de 447.

O número de candidatos à reeleição pode ser ainda maior, uma vez que outros postulantes podem surgir até 15 de agosto, prazo-limite para registro de candidaturas. Além disso, as convenções partidárias se darão entre 20 de julho e 5 de agosto, ou seja, mais nomes podem surgir dessas reuniões, a depender do contexto atual de negociações em ritmo intenso.

O recorte de tempo do levantamento é a partir de 1990, quando começou a série histórica elaborada pelo Departamento Intersindical de Assessoramento Parlamentar (Diap). Desde então, a taxa de recandidaturas sempre foi superior a 70% em relação ao número de cadeiras da Câmara. Já no Senado, que a cada quatro anos varia entre 27 (um terço das 81 cadeiras) e 54 vagas em disputa, o índice de recandidaturas oscila para cima quanto mais vagas houver. Segundo o Diap, 2018 terá a menor taxa de renovação da história no Congresso caso as projeções de reeleição se confirmem.

No Senado, dos 54 que terminam o mandato em janeiro de 2019, 33 confirmaram que tentarão se manter no cargo – número superior a cinco das seis eleições anteriores; em 2002, registrou-se uma candidatura à reeleição a mais. Segundo levantamento do Diap, em 1994 foram 20 os candidatos à reeleição, com 54 cadeiras em disputa.

Em 1998, 10 candidatos e 27 vagas. Em 2002, 33 para 54 vagas. Em 2006, 13 para 27 vagas. Em 2010, 29 para 54 vagas. E, na eleição seguinte (2014), dez candidatos para 27 vagas.

Já na Câmara, na hipótese de que os 447 nomes sejam confirmados, haverá o maior registro de recandidaturas da série histórica. Em 1994, quando a composição da Casa era de 503 deputados, foram 397 os postulantes à reeleição.

Na eleição seguinte, em 1998, o número de cadeiras já era o mesmo da atual legislatura (513), e 443 deputados se lançaram à reeleição. Já em 2002, os candidatos à reeleição eram 416. Quatro anos depois, em 2006, 442 disputaram eleição para o mesmo posto. Nas duas eleições seguintes, caiu o número de recandidaturas: 407 nomes em 2010 e 387 no pleito de 2014.


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