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Senador propõe adiar eleições municipais para 15 e 29 de novembro

Por José Fernando Martins com Agência Senado 23/06/2020 - 12:47
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Waldemir Barreto
Senador Weverton ouve o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso
Senador Weverton ouve o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso

O Senado pode votar nesta terça-feira, 23, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que adia as eleições municipais. Marcadas para o primeiro e o quarto domingo de outubro, o pleito também deverá ter o calendário alterado devido a pandemia.

O relator do proposta, senador Weverton (PDT-MA), propõe adiar eleições municipais para 15 e 29 de novembro, colocando um fim na possibilidade, que já era quase nula, de aumentar os mandatos de prefeitos para uma eleição única em 2022. 

Na segunda-feira, especialistas da área da saúde convidados para falar aos senadores foram unânimes em sugerir que as eleições precisam ser adiadas. O médico epidemiologista Paulo Lotufo afirmou que tudo indica que a pandemia ainda estará em ascensão em várias partes do país em 4 de outubro.

"Eu considero que essa é uma data em que a possibilidade de termos ainda uma ascensão, em vários locais do país, de casos novos e de mortes, é muito grande, de termos um nível de contágio ainda elevado. Eu considero que a data de 4 de outubro é uma data temerária", disse.

O infectologista David Uip ressaltou que é não é possível prever com exatidão como a pandemia vai se comportar nos próximos meses. Para ele, o Brasil ainda não chegou ao pico de contaminações e mortes. "Passados quatro meses, nada indica que estejamos ultrapassando o pico da pandemia. Na verdade, nós estamos diante do recorde de casos de mortes, e isso vem sendo principalmente registrado nas últimas semanas".

Também ontem, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, pediu que o Congresso Nacional considere adiar as eleições municipais deste ano não para uma data única, mas para uma janela de datas. 

"Há o risco de chegarmos em novembro e constatarmos que em algumas partes do Brasil ainda seja recomendável o adiamento por algumas semanas. Pediria que considerassem a possibilidade de dar ao TSE uma margem, sempre dentro deste ano — disse, durante a sessão remota de debates do Senado para tratar do tema".

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