BRASÍLIA

Gleisi Hoffmann é escolhida para a SRI; Isnaldo Bulhões fica de fora

Alagoano contava com o apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta e do ex-presidente, Arthur Lira
Por Bruno Fernandes 28/02/2025 - 14:15
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Agência Câmara/Arquivo
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT
Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, foi escolhida para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) do governo federal. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira, 28, pelo Palácio do Planalto.

"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta sexta-feira, 28 de fevereiro, com a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e a convidou para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República", informou.

A deputada, que teve O papel de fazer a sigla apoiar a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara, substituirá Alexandre Padilha, realocado para o Ministério da Saúde.

Isnaldo Bulhões (MDB-AL), líder do partido na Câmara, era cotado para assumir a SRI, mas acabou ficando de fora. O deputado alagoano contava com o apoio do presidente da Câmara, Hugo Motta e do ex-presidente, Arthur Lira (PP-AL). Essa é a segunda vez que Bulhões fica de fora de planos maiores. Anteriormente, ele já havia sido cogitado para comandar a Casa, mas perdeu força após Lira optar por Motta.

Hugo Motta, no entanto, vinha articulando nos bastidores para garantir a nomeação de Bulhões à SRI. O esforço buscava fortalecer a base de apoio ao governo no Congresso, mas a indicação de Gleisi dificultou os planos. A deputada é vista como uma figura com ampla capacidade de diálogo, inclusive com o Centrão, embora seja considerada radical por uma ala da do Congresso.

A escolha de Gleisi reflete a estratégia do presidente Lula de fortalecer a articulação política com o Congresso. A deputada tem relações próximas com líderes do Centrão, incluindo Bulhões. Em conversas com aliados, Motta pediu que não houvesse críticas à nomeação de Gleisi, reconhecendo sua influência na eleição para a presidência da Câmara.

Padilha, que deixará a SRI, assumirá o Ministério da Saúde em 10 de março, mesma data em que Gleisi tomará posse na nova função. A mudança ocorre após a demissão de Nísia Trindade, que comandava a pasta da Saúde.


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