O Partido Liberal (PL) mantém a estratégia de acelerar a tramitação do projeto de lei que concede anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A sigla busca apoio para um pedido de urgência na Câmara dos Deputados e já recebeu sinalizações positivas de pelo menos nove partidos. Agora, o foco é conquistar a adesão do Solidariedade, presidido pelo deputado Paulinho da Força (SP), que tem se afastado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre as legendas inclinadas a apoiar a medida estão PSDB e Podemos. A articulação política contou com a participação direta do ex-presidente Jair Bolsonaro, principal liderança do PL, que atuou para garantir o alinhamento desses partidos.

"Estamos ampliando o número de partidos que estão assinando. Quero ter apoio de mais legendas e, por lealdade ao presidente Hugo Motta, que é nosso aliado na anistia, apresentarei [o pedido de urgência] assim que ele voltar da Ásia", afirmou à CNN o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que inicialmente freou a tramitação do projeto ao sugerir a criação de uma comissão especial—nunca instalada—, embarcou no último sábado, 22, para uma viagem ao Japão e ao Vietnã ao lado do presidente Lula, ministros e outros parlamentares. Cabe a Hugo Motta, relator da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), decidir sobre os próximos passos do texto.