O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), deixará o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril de 2026 para disputar o governo de Alagoas. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 5, pelo senador Renan Calheiros (MDB), durante coletiva de imprensa realizada na sede da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), em Maceió.

“Ele comunicou ao presidente da República que em abril estará se desincompatibilizando do governo federal, provavelmente para ser candidato ao governo de Alagoas”, declarou Renan, ao comentar os planos eleitorais do filho. O senador destacou que a decisão tem grande importância para o MDB e para os partidos aliados no estado.

Atual ministro da Esplanada desde o início do terceiro mandato de Lula, Renan Filho retornará ao cenário político alagoano, de onde saiu após governar o estado por dois mandatos consecutivos, entre 2015 e 2022. Segundo Renan Calheiros, a pré-candidatura de Renan Filho ao Palácio República dos Palmares se alinha com os interesses do grupo político que comanda o estado há mais de uma década.

Durante a mesma coletiva, Renan Calheiros também confirmou que será candidato à reeleição ao Senado Federal. “Como senador da República, tenho muito mais condições de ajudar Alagoas e deverei ser candidato ao Senado”, afirmou o parlamentar, atualmente no quarto mandato.

Sobre a formação da chapa majoritária, o senador indicou que ainda não há definição sobre a segunda vaga ao Senado, mas defendeu que o critério deve ser o compromisso com o estado. “Há uma preliminar a ser levada em consideração, que é o histórico de ajuda ao Estado. Não é todo mundo que se enquadra nesse papel”, disse.

Renan ainda foi questionado sobre uma possível aliança com o deputado federal Arthur Lira (PP), mas descartou qualquer proximidade política. “Não, isso ainda não foi conversado, mas eu considero que é exatamente esse perfil que falta ao deputado Arthur. Eu não tenho nada contra ele do ponto de vista pessoal, mas sinceramente não vejo nele a característica de defender o interesse de Alagoas”, concluiu.