O ministro dos Transportes, Renan Filho, criticou com firmeza a PEC da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados na última terça-feira, 16, que estabelece a necessidade de autorização da própria Câmara e do Senado para que o Supremo Tribunal Federal (STF) possa processar criminalmente parlamentares.

Em suas redes sociais, Renan Filho classificou a proposta como a “PEC da Bandidagem” e afirmou que a medida representa uma “porta aberta para a infiltração do crime organizado na política”.

O ministro defendeu que seu partido, o MDB, feche questão contra a matéria no Senado. “Fechar questão significa unidade, clareza e compromisso: nenhum senador do MDB pode apoiar um retrocesso que blinda políticos e ameaça a democracia”, afirmou. 

Filho ressaltou que, com a disciplina partidária, aumenta significativamente a chance de derrotar a proposta no Senado, que exige 49 votos dos 81 senadores para aprovação.

A manifestação de Renan Filho se soma à crítica de outros ministros do governo Lula contra propostas polêmicas em tramitação no Congresso, como o projeto de anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro. 

Para Renan Filho, a PEC da Blindagem representa um retrocesso institucional, comprometendo mecanismos de controle e fiscalização sobre parlamentares e colocando em risco a integridade do sistema democrático brasileiro.