eleições 2026

Filho diz que vaga de vice para o MDB na chapa de Lula seria “simbólica”

Ministro dos Transportes defende fortalecimento da ala governista do partido
Por Redação 16/10/2025 - 06:52
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Agência Brasil
Presidente Lula ao lado do ministro Renan Filho
Presidente Lula ao lado do ministro Renan Filho

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), afirmou que uma eventual indicação do MDB para a vice-presidência na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 teria caráter “simbólico e importante”, embora o partido não reivindique oficialmente o posto. A declaração foi dada nesta quarta-feira, 15, durante entrevista ao programa Mercado Aberto, do Canal UOL.

Renan destacou que o foco do partido, neste momento, é fortalecer a ala governista e manter o apoio ao presidente. “O partido está apoiando o governo Lula, tem três ministros, e precisamos fortalecer essa ala para vencer a convenção”, afirmou.

Segundo o ministro, o posicionamento do MDB nas eleições de 2026 dependerá de fatores como popularidade do governo, desempenho da economia, geração de empregos e política externa. Ele disse acreditar que o partido tem condições de permanecer ao lado de Lula, mas que isso exigirá diálogo e esforço até o próximo ano.

O ministro também elogiou a estratégia do governo de afastar aliados que não garantem apoio à coalizão, classificando a medida como necessária para manter a estabilidade política. “Não tem sentido formar um governo de coalizão se parte dele vota contra projetos do próprio governo”, disse, em referência à MP 1303, que previa aumento de impostos sobre bancos e grandes fortunas.

Renan Filho afirmou ainda que o MDB decidirá seu caminho em convenção nacional, de forma colegiada. “O MDB não é um partido cartorial, em que o presidente decide sozinho. É um partido democrático, em que senadores, diretórios estaduais e lideranças votam”, observou.

Na mesma entrevista, o ministro destacou o crescimento dos investimentos privados em infraestrutura, que, segundo ele, atingiram níveis históricos. Ele atribuiu o avanço às mudanças nas regras dos leilões, que agora oferecem mais previsibilidade e segurança jurídica aos investidores. “Hoje o Brasil tem uma carteira organizada, com prazos definidos e transparência. Isso tem atraído o capital privado e garantido novos leilões em ritmo acelerado”, afirmou.

Para Renan Filho, a participação da iniciativa privada é fundamental diante das restrições fiscais do Estado. “Com menos recursos públicos disponíveis, é essencial garantir a confiança do investidor. A infraestrutura gera efeitos positivos em toda a economia”, concluiu.


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