Moody's rebaixa classificação de crédito dos EUA e cita alta das dívidas do governo na última década

Por Sputnik Brasil 17/05/2025 - 00:22
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© AP Photo / Mark Lennihan
Moody's rebaixa classificação de crédito dos EUA e cita alta das dívidas do governo na última década

A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta sexta-feira (16) que rebaixou a nota de crédito de emissor de longo prazo e títulos seniores sem garantia do governo dos Estados Unidos de AAA para AA1, além de alterar a perspectiva de negativa para estável.

As avaliações da agência de risco, cuja nota máxima é AAA, se referem à capacidade do governo em honrar dívidas de longo prazo e também sobre a emissão de títulos do Tesouro (instrumento usado pelo Estado para captar recursos), que não são atrelados à garantias específicas.

"A Moody’s Ratings rebaixou a classificação de emissor de longo prazo e os títulos seniores sem garantia do governo dos Estados Unidos de AAA para AA1, e alterou a perspectiva de negativa para estável. Esse rebaixamento de um nível em nossa escala de 21 níveis reflete o aumento, ao longo de mais de uma década, do endividamento do governo e da proporção dos pagamentos de juros, atingindo níveis significativamente mais altos do que os de outros países com classificações semelhantes", explicou a agência em comunicado.

A Moody’s acrescentou ainda que o desempenho fiscal dos EUA deve se deteriorar em comparação com seu próprio histórico e "com outros países altamente classificados".

"Como resultado, esperamos que os déficits federais se ampliem, atingindo quase 9% do PIB até 2035, ante 6,4% em 2024, impulsionados principalmente pelo aumento dos pagamentos de juros da dívida, gastos crescentes com programas sociais obrigatórios e uma arrecadação relativamente baixa", acrescentou.

Por fim, a agência pontuou que há expectativa que a dívida federal norte-americana chegue a 134% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2025 — atualmente, o índice é de 98%. Apesar disso, não há temor de redução do crescimento da economia dos Estados Unidos no longo prazo, mesmo com a desaceleração prevista em um futuro próximo.


Por Sputinik Brasil


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