colunista

Roberto Baia

Formado em Jornalismo pela UFAL em 1987, também é radialista. Trabalhou nos extintos Jornal de Alagoas e Tribuna de Alagoas.

Conteúdo Opinativo

Caso Kleber Malaquias

23/02/2025 - 06:00
A- A+

O Ministério Público de Alagoas (MPAL), com uma atuação impecável, conseguiu desmontar todas as alegações da defesa e, com base em evidências irrefutáveis, persuadiu o Conselho de Sentença a responsabilizar todos os acusados pelo assassinato de Kleber Malaquias de Oliveira, ocorrido em Rio Largo em 2020. Fredson José dos Santos, Marcelo José Souza da Silva, Edinaldo Estevão de Lima e José Mário de Lima Silva foram condenados pelo Tribunal do Júri após dois dias de julgamento em Maceió. A decisão foi divulgada no final da noite da última terça-feira, 18, de forma coletiva, somando mais de 60 anos de prisão.

A defesa, várias vezes, tentou desviar a atenção dos jurados com perguntas sobre o mandante. No entanto, o Ministério Público advertiu que não se baseia em achismos ou rumores e que as investigações estavam em andamento, sob sigilo, não a pedido da instituição, mas porque o caso, no momento adequado, seria esclarecido e finalizado com base em provas técnicas.

Penas variadas


O júri popular aplicou penas que variaram conforme o nível de envolvimento dos réus. Fredson recebeu uma sentença de 30 anos de reclusão em regime fechado. O Tribunal de Justiça declarou que ele possui uma conduta social negativa, uma vez que era policial militar e foi destituído por uma ação incompatível com a função que exercia.

Marcelo recebeu uma sentença de 24 anos de reclusão, também em regime fechado. Na decisão, o magistrado destacou que a condição de policial militar requer um comportamento irrepreensível, como conhecedor das leis. A pena foi agravada pela identificação de duas qualificadoras: a impossibilidade de defesa da vítima e o crime realizado com promessa de recompensa. Os mesmos critérios foram aplicados à pena de Fredson.

Participou do crime


No caso de Edinaldo, também conhecido como Galeguinho, a sentença-base foi estabelecida em 12 anos. No entanto, devido à sua pequena participação no crime, sua pena foi diminuída em um terço, resultando em oito anos de reclusão, em regime aberto. A promotoria considerou o réu um traidor, já que era amigo de Kleber Malaquias, tinha conhecimento do plano para matá-lo e não o alertou.

José Mário foi sentenciado a oito anos, quatro meses e um dia de encarceramento, cumprindo pena em regime semiaberto.

Emancipação da Ufal


O deputado federal Daniel Barbosa (PP) usou as redes sociais para defender a emancipação do campus da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em Arapiraca, destacando a importância da independência administrativa e financeira para resolver questões estruturais e consolidar a educação superior no Agreste de Alagoas. Na publicação, o deputado afirmou que tem acompanhado de perto as dificuldades enfrentadas por estudantes e professores, particularmente em relação à infraestrutura inadequada do campus.

Compromisso


“Recebi muitas mensagens e tenho conversado com alunos e professores sobre esses problemas, que, para mim, como arapiraquense, deputado federal e membro da Comissão de Educação, são inaceitáveis. Concentrar a gestão da universidade diretamente no campus significa dar autonomia e agilidade para resolver problemas recorrentes, como infiltração, que, quanto mais demoram a ser solucionados, mais caros e complexos se tornam”, afirmou Daniel Barbosa.

Audiência pública


O parlamentar anunciou que realizará uma audiência pública com especialistas em educação, bem como representantes de outras universidades que passaram por processos de emancipação parecidos. Ele mencionou como exemplo a Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape), localizada em Garanhuns, que foi desmembrada da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) em 2018. “Essa é uma caminhada que estamos iniciando, mas juntos vamos conseguir vencer. Conto com vocês nessa luta”, afirmou o parlamentar.

Suspendeu a licença


O prefeito de Feliz Deserto, Jorge Nunes (PP), suspendeu a licença para a extração de areia no município até que a Geomineração Exploração Mineral Ltda se pronuncie sobre os impactos ambientais causados pela atividade de mineração. A decisão foi tomada após denúncias de moradores do Loteamento Paraíso do Sul, que apontaram rachaduras em suas residências, possivelmente provocadas pela extração de areia.

Estudos técnicos

No ofício enviado à empresa em 11 de fevereiro, o prefeito comunica que, após uma inspeção nas casas impactadas, optou por suspender preventivamente a licença até que sejam conduzidos estudos técnicos para avaliar os efeitos da atividade na infraestrutura local. Além disso, a companhia foi notificada para fornecer esclarecimentos e possíveis ações de compensação para os moradores impactados.

Negou irregularidades


A Geomineração negou irregularidades e afirmou que sempre atuou de acordo com a lei, possuindo todas as permissões necessárias dos órgãos responsáveis. Em um comunicado, a companhia criticou a atenção da mídia ao caso e declarou que as acusações são sem fundamento e alarmantes. A empresa também deixou claro que não faz o transporte da areia extraída, deixando essa tarefa para terceiros. Além disso, assegurou que o fluxo de caminhões é regulado e que a rota empregada para o transporte é a mesma há décadas, sendo utilizada para o transporte de outros produtos, como cana-de-açúcar e combustíveis.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do EXTRA


Encontrou algum erro? Entre em contato