Urucubaca
Alagoas parece viver em plena vigência da Lei de Murphy, tantos são os sucessivos acontecimentos negativos com graves prejuízos para o Estado. Segundo a famigerada lei, “qualquer coisa que possa ocorrer mal, ocorrerá mal, no pior momento possível”.
É o que vem ocorrendo nos últimos anos em Alagoas, com fechamento de usinas e desemprego em massa de trabalhadores. Depois da falência do Grupo João Lyra e concordata coletiva de 9 indústrias ligadas à Cooperativa dos Usineiros, vem a má notícia de que a usina de etanol de segunda geração – primeira do Hemisfério Sul – corre o risco de virar pó.
Trata-se da Bioflex, em São Miguel dos Campos, que custou R$ 1 bilhão e anunciada como primeira usina do hemisfério a fabricar etanol a partir da palha de cana-de-açúcar. A tecnologia usada na planta industrial não funcionou e a indústria corre o risco de virar sucata.
Mais que uma usina de álcool, a Bioflex é um projeto pioneiro que deveria introduzir novo conceito de produção de etanol no País e que iria revolucionar o setor sucroalcooleiro e colocar Alagoas na vanguarda da tecnologia mundial.
Apesar de paralisada há quase dois anos, ainda é tempo de evitar o pior.