Moeda de troca
O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, pretende retirar o imposto de 20% sobre a importação de etanol dos Estados Unidos em troca da retomada da exportação da carne bovina para o mercado americano, suspensa em 2017.
A medida, se concretizada, beneficia os grandes frigoríficos do País, mas prejudica os produtores de cana, açúcar e álcool, sobretudo do Nordeste, cujo parque industrial já está na UTI.
E ninguém da bancada alagoana se pronunciou até agora sobre mais essa traição ao estado e ao Nordeste.
A isenção tributária do etanol americano ameaça não apenas os produtores de álcool de Alagoas, mas também os plantadores de cana que escaparam da quebradeira.
A situação vai piorar ainda mais nessa safra com a queda no preço da cana, que na safra anterior chegou a R$ 100,00 e agora caiu para R$ 70,00. É o fim do ciclo da cana-de-açúcar e de uma classe que não tem como escapar da falência.
As usinas também estão quebradas e poucas sobreviverão – 5 ou 6 no máximo – mas os usineiros estão muito bem, obrigado, boa parte deles morando na Europa, bem distante da terra arrasada que deixarão como herança maldita.