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Ambições e vaidades

Por 06/04/2018 - 09:15

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Foto: Divulgação
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O procurador de Justiça Eduardo Tavares se elegeu prefeito de Traipu prometendo limpar a prefeitura da corrupção endêmica que colocou o município nas páginas policiais nos últimos 20 anos.

Já no primeiro ano de sua gestão fez o dever de casa ao moralizar o serviço público e botar ordem nas contas municipais. E tem tudo para fazer uma administração exemplar em meio a bandalha que campeia em quase todos os municípios.

Embalado pelo êxito dessa nascente experiência administrativa, Tavares decidiu trocar a prefeitura por uma candidatura a deputado. Se eleito, bom para Alagoas; senão, frustração para os traipuenses que o elegeram para um mandato de quatro anos.

Como cidadão, Eduardo Tavares tem todo o direito de disputar os cargos públicos que desejar, mas deve lembrar que foi eleito prefeito para administrar Traipu, não para ser deputado.

Dilema maior foi superado pelo prefeito Rui Palmeira, que mesmo sob forte pressão para disputar o governo do Estado, preferiu honrar a missão que lhe foi dada pelo povo de Maceió, nas urnas. Entre as tentações das vaidades e as ambições pessoais, preferiu ficar com o povo que o elegeu.

Sem qualquer juízo de valor sobre o vice-prefeito, a decisão de Tavares de renunciar ao cargo pode abortar um projeto de moralização da gestão pública que tem tudo para dar certo. E mais uma vez o povo de Traipu corre o risco de voltar ao desgoverno que atrasou o crescimento do município por mais de duas décadas.


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