Primeira batalha

Tida de como favas contadas por seus assessores, a reeleição de JHC é admitida até por alguns adversários que reconhecem a popularidade do prefeito de Maceió. Mas como eleição só se ganha após a contagem dos votos, o MDB de Renan Calheiros acredita ter cacife para derrotar JHC nas urnas em outubro.

A estratégica governista é unir todos os aliados em torno de um candidato único, polarizando a eleição e usando o rolo compressor da máquina estatal para enfraquecer o adversário. Será uma briga de cachorro grande, cujo vencedor sairá fortalecido para a batalha maior das eleições majoritárias de 2026.

Enquanto o MDB não define o nome que vai enfrentar JHC nas urnas, o prefeito enfrenta dificuldade em escolher quem será o seu vice, dada a grande quantidade de postulantes ao cargo. Todos ávidos pela chance de suceder JHC na Prefeitura caso ele decida renunciar ao cargo para disputar o governo do Estado ou uma cadeira de senador.

JHC tem pretendentes ao cargo de vice para todos os gostos, mas o xis da questão é escolher um nome confiável e sem ambições de continuar no poder após virar titular do cargo. Prática comum na maioria dos municípios brasileiros.

Entre os nomes cotados para ser vice de JHC estão o ex-deputado Davi Davino, a ex-deputada Jó Pereira e até o senador Rodrigo Cunha. São nomes eleitoralmente fortes o suficiente para se contentar com o cargo de vice-prefeito e abrir mão de seus projetos futuros em nome de uma lealdade política. Daí o impasse.