Pós-campanha, oposição marca terreno contra JHC

Após a campanha eleitoral, pausa nas lideranças políticas alagoanas, discussão sobre quem vai comandar o quê em secretarias e definição do lado de cada personagem, desde já, para 2026. O consenso: o prefeito de Maceió, JHC (PL), é o pandeiro neste instante. Jota será atacado principalmente pelo calheirismo e exposto pelo fogo amigo mantido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Objetivo é apressar a posição do prefeito sobre o Senado, que Lira quer disputar.

A retomada da agenda da oposição a JHC começou na quinta-feira, 17, com o ministro dos Transportes, Renan Filho, marcando terreno: assinou a ordem de serviço para a duplicação do Arco Metropolitano, que promete melhorar o acesso a Marechal Deodoro e ao porto. Investimento de R$ 252,7 milhões.

O Arco foi tratado na campanha eleitoral pelo deputado federal Rafael Brito (MDB), nome palacista que disputou a Prefeitura da capital. É também a principal ideia do Governo Paulo Dantas como intervenção no trânsito em Maceió.

Esta obra é inclusa no Novo PAC, que separou R$ 15,4 bilhões para investimentos em Alagoas. Outra obra: a construção de 11.102 casas através do Minha Casa Minha Vida. Só que o novo programa se propõe a elaborar um estudo que deve redefinir a retomada, conclusão e novas obras – e isso inclui um Veículo Leve sobre Trilhos na Avenida Fernandes Lima.

JHC inaugurou no dia 16 o primeiro trecho de iluminação da orla do Pontal da Barra: 400 metros, da Ponte Divaldo Suruagy em direção a Jaraguá, 197 novos postes, 12 metros cada e potência de 250 W, na direção da areia, além de 700 luminárias de LED na ciclovia da Avenida Fernandes Lima.

Esta disputa por território se tornou mais intensa nas últimas semanas após decisão da Secretaria de Segurança Pública de instalar totens com câmeras – justificando o combate ao crime – e a decisão da Prefeitura de arrancar os equipamentos por estarem sem autorização para funcionamento.

JHC assumiu para si a missão de “libertar Alagoas”, recado para os Calheiros, que refutam o caldismo.