CÂNCER DE MAMA
Doença matou mais de 2 mil alagoanas em 10 anos
Incidência do tumor maligno por 100 mil mulheres, a cada ano e até 2025 é de 690 casosEm 10 anos, o câncer de mama matou 2.052 mulheres em Alagoas. Houve um aumento de óbito de 63,9% entre 2013 a 2023. Os dados tabulados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em 9 de outubro de 2024 estão sujeitos a revisão e apontam que no estado, em 2023, a taxa de mortalidade pela doença foi quase o dobro do que foi observado em 2013, passando de 4,5/100 habitantes para 7,4/100 habitantes. Já as taxas de incidência por neoplasia maligna de mama por 100 mil mulheres, estimadas para cada ano no triênio de 2023-2025, são de 690 casos no território alagoano.
A maior incidência da doença é entre o sexo feminino. No mesmo período, a frequência de morte por câncer de mama (2013-2023) de homens foi de 36 óbitos. A maior prevalência de óbitos por câncer de mama foi entre as mulheres com idade de 50-59 anos. Já os maiores aumentos ocorreram nas faixas etárias de 80+ (60,3%) e de 60 a 69 (21,9%). No entanto, a faixa etária prematura (30-69 anos) apresenta uma prevalência expressiva de 73,1% do total entre 2013 a 2023.
Dados do Instituto Nacional de Câncer revelam que a taxa de incidência por tumor maligno de mama por 100 mil mulheres estimada para cada ano de 2023 a 2024, no Brasil, é de 73.610 casos, sendo a taxa bruta de 66,5 e a taxa ajustada (pela população mundial padrão) de 41,9. A Região Nordeste tem estimativa de 15.690 casos, com 52,2 taxa bruta e 42,1 de taxa ajustada.Segundo a oncologista clínica e coordenadora da oncologia do Governo de Alagoas, Rafaella Britto Toledo, o aumento dos casos de câncer de mama em mulheres abaixo de 40 anos pode ser explicado por vários fatores: a genética, pois algumas mulheres têm predisposição genética, como mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que aumentam o risco de câncer em idades jovens; estilo de vida, pois hábitos como sedentarismo, dieta pouco saudável, aumento do consumo de álcool e obesidade podem contribuir para o desenvolvimento da doença; e, exposição a hormônios. É que o uso de contraceptivos hormonais e terapias de reposição hormonal pode estar associado a um maior risco, especialmente em mulheres com histórico familiar.