XADREZ POLÍTICO
Fusão PSDB-PSD pode afetar Téo Vilela e atrapalhar planos de JHC
Prefeito buscou apoio de Gilberto Kassab para liderar a sigla no estado![Ex-governador Téo Vilela Ex-governador Téo Vilela](https://img.dhost.cloud/7RToPiRYID_Vq3Zseal9PUU1zgs=/700x429/smart/https://ojornalextra.us-east-1.linodeobjects.com/uploads/imagens/migracao/ff543904e35a624f90790990a0dadd58c73b7a93.jpg)
O PSDB, partido que governou o Brasil sob Fernando Henrique Cardoso, enfrenta um momento crítico em sua história. Com a perda de protagonismo após a ascensão de Jair Bolsonaro (PL) e a reconfiguração da oposição ao PT, os tucanos avaliam a fusão com o PSD, liderado por Gilberto Kassab. A medida é vista como a única saída para manter relevância, mas pode significar o fim da sigla histórica.
Em Alagoas, o ex-governador Téo Vilela, um dos principais nomes do PSDB, deve perder seu cargo diretivo caso a fusão se concretize. A mudança também não seria boa para JHC (PL), visto que a sigla permaneceria sob comando do vereador Rui Palmeira, ex-tucano que já foi deputado estadual, federal e prefeito de Maceió no partido e que declarou oposição a JHC na Câmara de Maceió. Isso porque o prefeito teria procurado o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, para assumir o comando da sigla em Alagoas, mas a resposta não foi a melhor.
A articulação ocorreu no final do ano passado e envolveu interlocutores políticos ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Durante a reunião com Kassab, no entanto, foi sugerido que JHC dialogasse diretamente com o vereador Rui Palmeira, que se mostrou favorável à fusão, já que não perderá seu posto. Porém, fontes afirmam ao EXTRA que Rui Palmeira não pretende nem ao menos aceitar uma possível filiação do atual prefeito.
A possível mudança de partido por parte de JHC tem duplo objetivo: romper com o PL, partido do ex-presidente, e se aproximar do presidente Lula (PT), aproveitando a relevância do PSD, que integra a base do governo federal e ocupa ministérios importantes. Além disso, o movimento teria como pano de fundo a tentativa de influenciar a indicação de sua tia, a procuradora de Justiça Marluce Caldas, para uma das vagas de ministro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), cujo preenchimento está previsto para fevereiro deste ano.